Não é a mesma coisa , quando se perde o seu. Quando era criança quando via Fábio Júnior cantando a música que ele fez para seu pai não entendia porque chorava tanto , a música diz que "senta aqui que o jantar tá na mesa" , e pensava se ele fez a música e o pai já tinha morrido porque ele tinha colocado essa frase , mas enfim , ele chorava e mal conseguia terminar de cantar , e as vezes até achava chata demais . Depois que perdi meu pai , a música faz sentido em cada estrofe , em casa letra , em cada acorde .Tem um sentido enorme , tem um sentimento enorme dentro dela que só é externado quando não se tem o pai por perto . Todo choro , pode não ser de dor quando canta , quando se ouve , mas é a explosão de sua história , que juntando a letra vem a memória de momentos felizes e alternando com a perda . Com as alegrias de vê-lo sorrir , com a tristeza de vê-lo clamar pela vida . Coma a felicidade de estar com todos por perto e a tristeza de vê-lo sentir só , mesmo com todos ao seu redor. Enfim pai é uma história a parte , é nosso porto seguro e nosso chefe ... o que educa mais firmemente , enquanto a mãe sempre apazigua . Pai é estar forte em todos os momentos e passar para o filho a educação certa sem desvios .
Tenho muita alegria de ter vivido muitos anos com meu pai , tê-lo conhecido em todos os seus sentimentos , todos os seus medos . E os últimos dois anos de vida dele valeram para mim como se tivesse ganhado na loteria. O sentimento de perdê-lo fica , mas a certeza de que um dia vou reencontrá-lo é mais forte que a perda , e chorar por sofrimento ?Somente durante a música do Fábio Júnior, porque do contrário , o sorriso dele nos 32 anos que vivi com ele estará presente em minha memória , por assim fazer que ele esteja em boa sintonia com a certeza do reencontro.
Feliz Dia dos Pais ... meu papito
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